sábado, 22 de novembro de 2014

Tive intenções há uma semana de terminar o "Trapézio sem Rede"...
Sentia um vazio imenso no que escrevia. Não no seu conteúdo, porque tudo o que sou e penso deposito nas minhas palavras. Era vazio o lugar onde as palavras se encontravam, era amorfo os olhares sobre elas, eram invisíveis os traços que iam desenhando. Eram ondas de uma praia deserta...
Mas [felizmente] um amigo Enorme que eu tenho o privilégio de chamar de Pai, abriu-me os olhos e as perspetivas, acordou-me depois dos meus olhos se tentarem fechar.
Claro que não é vazio o espaço onde habitam os prolongamentos do meu ser. Tenho sempre alguém a guardar as minhas raízes e ambições. Não estou isolado...
Enquanto desistia de me equilibrar no Trapézio alguém foi sempre Rede no vazio que me esvazia o ser.
E mesmo que assim fosse, não tinha motivos para desistir...
No dia 7 de Dezembro de 2012, dia em que comecei o Trapézio sem Rede (já faz quase 2 anos), dizia:

"Nada nos segura, nada nos sustém, nada nos protege, apenas sabemos que caminhamos Hoje e Agora neste trapézio sem rede."


E é exatamente isso que me faz voltar a escrever, nada é certo, nada nos é dado, nada sabemos, a única coisa que realmente conhecemos é o nosso Hoje neste trapézio sem rede.

2 comentários:

  1. O vazio que sentes é sem duvida o prolongamento do teu grande Ser que me preenche de vida e me ajuda a fazer e a refazer CAMINHO.
    Aquele abraço

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  2. Continua no teu CAMINHO, no teu Trapézio sem rede.
    Sem esse vazio, onde cabe o nosso abraço.

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