Tive intenções há uma semana de terminar o
"Trapézio sem Rede"...
Sentia um vazio imenso no que escrevia. Não no seu
conteúdo, porque tudo o que sou e penso deposito nas minhas palavras. Era vazio
o lugar onde as palavras se encontravam, era amorfo os olhares sobre elas, eram
invisíveis os traços que iam desenhando. Eram ondas de uma praia deserta...
Mas [felizmente] um amigo Enorme que eu tenho o
privilégio de chamar de Pai, abriu-me os olhos e as perspetivas, acordou-me
depois dos meus olhos se tentarem fechar.
Claro que não é vazio o espaço onde habitam os
prolongamentos do meu ser. Tenho sempre alguém a guardar as minhas raízes e
ambições. Não estou isolado...
Enquanto desistia de me equilibrar no Trapézio
alguém foi sempre Rede no vazio que me esvazia o ser.
E mesmo que assim fosse, não tinha motivos para
desistir...
No dia 7 de Dezembro de 2012, dia em que comecei o
Trapézio sem Rede (já faz quase 2 anos), dizia:
"Nada nos
segura, nada nos sustém, nada nos protege, apenas sabemos que caminhamos Hoje e
Agora neste trapézio sem rede."
E é exatamente isso que me faz voltar a escrever,
nada é certo, nada nos é dado, nada sabemos, a única coisa que realmente
conhecemos é o nosso Hoje neste trapézio sem rede.
O vazio que sentes é sem duvida o prolongamento do teu grande Ser que me preenche de vida e me ajuda a fazer e a refazer CAMINHO.
ResponderEliminarAquele abraço
Continua no teu CAMINHO, no teu Trapézio sem rede.
ResponderEliminarSem esse vazio, onde cabe o nosso abraço.