Debaixo
deste castanheiro
Onde
o inverno radica
Sou
luz mortiça,
Poeira
escura de cinzeiro
Cresci
longe das flores
E
perto dos campos secos
Onde
ruas são becos
Onde
nunca se viram cores
Perdi-me
em mim
Não
conheço o Inverno
Não
tenho o teu lado materno
Resta-me
o fim
E
este curto caderno
Debaixo
dos alpendres que cobrem os céus
Plantaste
as magnólias da infinidade humana
Nada
resta hoje nos prados de Deus
Apenas
a consciência de quem se ama
Rosa,
de poucos roseirais
Danças
com o vento dos mortais
Luz
de Um único Farol
Que
segue a luz do sol
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