Procuramos a harmonia... Como um filho procura a mãe, como um filho se senta no colo dela e diz que a ama.

Procuramos sempre a harmonia porque radicamos do contexto mais harmonioso e harmónico possível: a Vida.

Tendemos as nossas ações para a dinâmica da Natureza, a dinâmica coerente e inteligível, porque somos [fomos] criados em harmonia. Aprendemos a andar para chegar a uma meta, conhecemos para dar a conhecer, projetamos para criar, somos para existir, morremos para renascer.

Estremeço quando penso nas outras 7 180 412 210 pessoas, que comigo fazem da Terra uma bênção, quando penso na forma como se ligam e religam, como se cruzam e se separam, penso nas que já morreram e nas que acabaram de nascer, nas que caminham juntas e nas que juntas são Caminho, na forma subtil que têm de criar harmoniosamente um espaço e um tempo, uma realidade. Mas claramente ainda não percebemos o quão irredutivelmente pequenos somos perante a imensidão do universo...

Mas ainda assim o filho procura sempre o beijo da mãe e tudo tende para a harmonia, tudo tende para a paz, tudo tende para o acontecimento luminoso a que chamamos vida.